quarta-feira, 21 de julho de 2010

Japão e Seus Corações de Ouro - Parte 2


Minha bandeira são esses sorrisos e abraços vendo nossos corpos, mesmo que atormentados, voltando de combate com vida. Nossos sentimentos devem formar uma oligarquia, para nos alimentar de vontade de retorno ao nosso vilarejo. Andamos com nossos hanbos ensangüentados, muitos sem donos. Algumas kamas espreitando perigo à cintura. Andamos com a nossa vida propagada em instintos de proteção. Não mais que isso, eram apenas amor e proteção que as nossas cabeças entendiam. Depois, inevitavelmente, forçamos o mergulho na soberba; e analogamente, as gotas d’água que se espalham, com a velocidade de impacto de nossos corpos no mergulho, são apenas os pensamentos de vergonha e tristeza que nosso povo viria a ter se nós não voltássemos. Gotas que voltam pro mesmo ciclo de água.

Aparentemente, não precisamos mais lutar, ainda assim somos treinados para o futuro. Passando os ensinamentos de geração a geração, aprimorando o que já pareceu inevitável. 

Podemos viver livremente, conquistamos algo para os nossos ancestrais e descendentes. Terra, água, fogo e ar. Temos calos, temos memórias sorridentes e chorosas. Mas nada que possa combater com a nossa capacidade de deixar tudo isso para trás, com a fome de uma vida que sempre nos foi prometida. Cada dor é uma dor nova. Cada alegria é uma nova alegria. Vivemos, sim, em um minimizado pela luta, tenho espírito aventureiro que me faz respirar novas fronteiras e idealizar novos conhecimentos refletidos em meus poucos anos de juventude livre.

Vivemos dispostos a procurar por nossos corações de ouro. Explorando apenas o disponível: o nosso interior.

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