terça-feira, 29 de dezembro de 2009

17

17 pedras na janela.
17 pedras para tropeçar.
17 motivos para desistir.
17 consequências para amedontrar.
17 pessoas para recordar.
17 velas à soprar.
17 passos à ecoar.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Parte I - A Consciência fala

    Confesso que é difícil escrever em 1ª pessoa, me assusta. Nunca escrevi boas histórias com as terceiras e não acho que isso mudaria pela colocação do novo personagem: eu. Escrevo histórias tristes para mostrar meu poder a mim mesmo; mesmo que sejam personagens, acredito que eles viveram meia hora de leitura e de sofrimento para me fazer maior. Uma doença? Talvez, mas gosto de relê-los depois que a memória já apagou minha ganância de poder inspiradora de pessoas-meia-hora. Está claro, mascaro minha dor com Marias e Joãos, músicos e doutores; e os enfilero na estante em categorias para me sentir mais poderoso e sábio. Um deus (-meia-hora).

    O que pode parecer estranho é a impressão que o fato ocorre enquanto é lido, Clarice Lispector já dissertou sobre isso, por isso a intenção de escrever se restringe a minha curiosidade de ler daquele tempo orgânico. Aquele tempo que você não sente vendo os ponteiros pulando de minuto para minuto, e sim, por uma câimbra na perna causada pelo peso da outra perna; a mão suada na capa do livro ou os lábios e olhos cansados de correr atrás das letras. Pois bem, a coisa que me incomoda é saber o final, e adiantarei: deste não é bom.

    Em todas as artes gosto apenas do final. Pulo da página inicial para a final, tudo para saber o quanto eu terei que esperar pelo êxtase da leitura. Subitamente chega a vontade de engolir todo o livro sem mastigar, para não sentir que estou cheio de letrinhas e só depois dar um tapinha na barriga em peso, com a felicidade estampada na cara de quem não vai querer comer tão cedo. Sem mais delongas, produzirei meu "triste fim" por início. Sabendo que estou melhor sempre antes, guardarei o melhor para o "final".

    Eu provavelmente morri sozinho, tenho mais de 50 anos e me orgulho de não ter chegado a dar trabalho na "fase bebê" dos 70. Fui unicamente casado com o Meu Orgulho o que me impediu de conhecer minha única filha direito. A mulher que me deu minha única herdeira foi a única que transou comigo não sabendo do meu "poder" financeiro e mesmo assim, fiz questão de lhe dar um pouco do meu tesouro para, enfim, sumir do meu caminho. Eu jamais seria capaz de trair Meu Orgulho com o Amor.
   
    Acabo de saber que minha filha, Rita, morreu de câncer no cérebro e falência múltipla dor órgãos. O que me deixou em choque foi perceber que o que estava sentindo, na hora do telefonema, era pena e não a falta do chão que o amor por ela me causaria. Não soube o que era a saudade e nem pedir perdão pela única coisa que poderia ter valido a pena na minha vida.
   
    A mãe, Wanusa, não quis me ver. Sou "isso" e mais "aquilo" na sua concepção. Talvez esteja certa, mas se for isso, meus personagens já sabem e sentiram o meu futuro castigo.

    Para não admitir minha solidão, providenciei quatro cachorros e três gatos, a quantidade de pêlos é relativa a quantidade de ração e dinheiro gastos com eles. Não suporto discutir que caso eu precise de alguém, eu não terei. Não é bom o pensamento que sentirão minha falta pelo mal cheiro da minha carniça já morta, mas aos 50 não quero mais ninguém administrando o meu dinheiro a não ser eu. Gastei mais dinheiro com meu animais do que com minha filha. Sempre iam ao veterinário por uma falta de apetite ou a grande quantidade dele; enquanto ela, já virara um vegetal. Nem toda a minha culpa impede a chuva cair. O mundo não parou.

domingo, 29 de novembro de 2009

Os ritmos se envolvem com os corpos indecentes de suor. São imagens ultragentes. Quase pornagráficas. E melhor ainda, não existe censura para o que se pode chamar de confusão de seres.
Meu fim e começo está aqui. Mãos hipnotizam o melhor que está por vir.
Não é o melhor, não é o previsível mas é o agora. E pode deixar boas coisas escritas.
Este foi meu último suspiro. Nem lembro mais quando suspirei um ar de elegância de CO2. As combinações de ares impróprios, a dinâmica indecente dos ambientes me traz o instinto de paz, mas sim de desejo. E por isso eu suspiro, pelo meu hoje e talvez pelo o que já aconteceu. Mas nunca pelo futuro! Porque não compreendo os espaços futuros, nem as dimensões do meu prazer.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Onomatopéias do Tempo.

Há muitas coisas que podemos fazer e dizer.
Mas ficamos calados, parados.
Extasiados pelo tempo.
Tic-tac. E já passou.
Sempre limitando o futuro.
Sempre escolhendo as palavras e homens de guerra.
Tic-tac.
Memórias perdidas nas ilusões.
Ilusões perdidas na partícula "se".
Seja ela apassivadora ou não.
Assim passa: tic-tac.
De agora em diante me sigo por uma cabeça só.
Aquela mais perto. Aquela que aprendeu com os meus erros.
Sem olhar ao redor, apenas expondo sentimentos.
Talvez o tic-tac se confunda com o toc-toc de pensamentos querendo entrar.
Tic-tac.
Pensamentos proibidos são o que eu irei falar.
Escute bem baixinho o relógio do destino.
E simultaneamente as batidas saindo pela minha boca, ligadas ao coração.
Doce amor, de agora em diante só escute.
Faça com que as onomatopéias funcionem muito bem.

Minha flor.

Meu amor, o que te pinta de paixão ardente?
O que te ilude?
Qual o propósito desse jeito sem-graça, esse charme de dentes a mostra?
Já me cativares.
Já sou seu pequeno príncipe.
E tu és a minha rosa que nascera junto com o sol, e assim se tomara tão linda.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

EU TE AMO.

E ficou ali calado. Como quem ostenta não ser um deles. Enganava-se.

Era fácil poluir os olhos dele com aqueles atos ultrajantes.

Tornou-se desdenhoso de tudo aquilo que Ana poderia fazer contra o seu pedido.

Aquela cena, aquele encontro.

"Como alguém poderia adaptar sua vida sem uma pessoa?"- perguntou-se como se o sábio dos livros de sua infância pudessem responder.

Ostentava ainda mais aquele seu sentimento de ódio. Por ele, por ela, e por aquela hora: beijava a boca que não era dele.

Oh, desgraça acontecida.

E ficou mais uma vez calado. Fixou o olhar neles, como se a cena lhe secasse a fonte das forças para fechar-lhe os olhos.

As luzes se foram e para se acostumar de novo aquele espetáculo de horror não demoraria muito, apenas o tempo de suas pupilas dilatarem. Assim como sua dor aumentaria, e se segurando mais para não se expor em lágrimas.

"Hoje são os protagonistas em palco, amanhã estapam nos jornais os convites para o casamento"- torturou-se.

"Grande noite!"- falou baixo para o seu copo. Com o olhar fixados naqueles frangos de padaria, percebeu, então, que Ana não lhe diria nem "obrigado" por aquele amor que pintava seu coração. Ontem de amor, hoje de ódio.

Ana, oh Ana. Seu verdadeiro e único amor desde a infância. Ver que nunca a ganharia lhe deixou a beira de um redemoinho de pensamentos suicidas. Pobre do rapaz. Pobre do seu coração. Só não é pobre João, que em uma só noite conseguiu aquilo que ele lutaria até os dias de hoje. Ser João e passar heditariamente os contos e desvaneios de sua adolescência, era o seu desejo. O bom convívio não lhe ofereceu nada. Era o bom samaritano, e mais uma vez o galã roubava o coração da moça.

Ao contrário do que sentia, foi lá e cumprimentou os dois, como se o orgulho exarcebado, que tinha ido com as luzes, voltasse glorioso de uma luta de facas. Era melhor que eles, era melhor que todo aquele sentimento falso, fácil. "Só carícias, só desejos levianos." - pensou.

Como quem desdenha ser um deles ficou calado, após um oferecimento de bebida. Antes fosse a porção, como nos seus livros imaturos, que fizesse com que Ana se encantasse por ele. "Talvez seja." - iludiu-se. Porém Ana o bebeu, antes de todos e se apaixonou pelo que menos necessitava - o galã.

Chamaram-lhe a atenção por não ter respondido, contrangido riu de si, e logo depois riu acompanhado dos outros. Momento nobre, nem parecia que seu inimigo estava ali. Desfarçou seu ódio, pintou toda aquela expressão de tristeza para uma mais fingida com a ajuda dos dentes amostra.

Como Ana poderia fazer aquilo? Exibir aquela felicidade falsa em público. Ele lhe desejou a vida toda. Poderia contar a ela tudo o que já tinha feito para ganhar todo o coração dela, um pedaço, um terço, um mini-ventrículo. Todos os encontros forjados, as idas aos espetáculos de balé apenas para vê-la. Poderia declara-se ali, ali e para que qualquer um ouvisse. Mais um gole da bebida oferecida, apenas mais um gole e o faria.

Um beijo o jogou na sepultura. A lágrima de dor escorria pela face como se ela pegasse toda água de sua boca, para impedi-lo que pedisse socorro ou que implorasse por amor. Ficou imóvel. Escorreu outra, e essa secou seus olhos. Sentiu quebra-los com uma piscadela para não expor mais o tormento. Ana havia conseguido. Aquele amor se proclamou, agora, bem baixinho.

"Eu te amo".

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Sim, amor, eu me rendi.

Meus tempos são outros, são corrempidos pelas desventuras de minha idade. Imagino-me sega, surda, muda, mas não não-pensante. Irracional. Adolescente.

Meu coração se entrega muito fácil e rápido para esses tempos. Não serveria para um só dia de amor.
E sim, para vários.

Minha cabeça se rende, peca. É inevitável.
Álcool e beleza se fundem.
Indescritível vontade de fugir, mudar tudo, sexo, cores, atitudes e escolhas.

Não seria tão fácil me amar.

O Tempo.

Não sabia mais se o tempo que passava muito rápido ou se ele que não aproveitava nada.

Já guardava há alguns anos seguidos um dos maiores desconfortos na gaveta.

Eram linhas, eram amores, eram perguntas, eram pseudo-mortes.

Ele se sentia morto.

E o tempo passava.

E o tempo não esperava pela sua volta prometida junto com a garrafa vazia de uísque.

Ela se foi.

A chave dos seus tormentos está na fechadura.

Sempre pra abrir a gaveta e colocar mais coisas.

Mais coisas que não tem coragem de jogar.

Mais coisas que o tempo não deixa passar.

Sofrer.

Já teria dito que não sabia o que seria dele sem ela.

Nem o tempo sabe.

Passaram os tempos de alegria.

Reconquistar.

Pra quê?

Nada vale à pena se não se ver o tempo passar.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

O Amor

O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.

Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de *dizer.
Fala: parece que mente
Cala: parece esquecer

Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
Pr'a saber que a estão a amar!

Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!

Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar...

Fernando Pessoa.

sábado, 13 de junho de 2009

Me transforma.
Me ilude.
Bate a minha porta como se fosse a coisa mais natural.
Me possui.

Me faz invejar tudo o que você toca.
Por favor, não vá.
Não hoje.
Continue a me transformar.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Ninguém me faz esquecer


Acende meu cigarro porque eu não tenho mais paz.


Não havia ninguém na festa e eu desliguei as luzes de casa mais cedo.

Nunca tive medo de ficar só mas também nunca considerei uma opção.

Hoje a noite eu rezarei por mim mesmo pra que amanhã eu não pegue este mesmo caminho.

Do meu ponto de vista falido.

O amor deve ser muito diferente do que eu penso. Não o consigo conquista-lo, tê-lo, e muito menos, defende-lo.

Talvez a idade que me faço hoje, me dê mais maturidade desde a última vez que pensei nisso. Ou não, pois caso não veja eu ainda não tenho nada do que almejo.

Certa vez, alguém me perguntou o que buscava na vida. Respondi com prontidão: "Meu bem-estar". Pensava naquela, eu, que não faz muito tempo, que minha resposta envolvia realmente tudo pelo qual lutava, pelo qual acordava todos os dias às 5 horas da matina e ia conquistar meus deveres e orgulhar meu ego, assim como o dos meus pais.

De certo, a minha resposta era a mais gananciosa possível. Mas garanto que quando a falei, não pensei em dinheiro e coisas materias.

E hoje, o que mais tenho é dó de mim mesma. Alegro-me ou entristeço-me de lembrar que o homem nunca está de bem consigo mesmo? A vida é uma obra contínua e na maioria das vezes o esforço não é recompensado instântaneamente; centenas de vezes também já ouvi depoimentos que de também a compensação não era-lhe mútua.

Ah, asneiras atrás de asneiras, digo-lhes. Ninguém está aqui para só sofrer e nem para viver aos sorrisos, penso. Mas não garanto que a tua caminhada seja doce e compensadora. Alguns acordam com o caminho trilhado, outros precisam acordar muito mais cedo que eu mesma pra conseguir algo.

Mas isto já outro caso que envolve politicagem, classes sociais e mais conceitos eu deveria estudar pra falar disto.

Em suma, não concordo com a esperança que cada um tens ao acordar. Posso me contradizer neste momento, mas irá fazer parte de minha tese de auto-conhecimento, e até de conhecimento antropológico. Não quereis, eu, me alongar muito.

Estamos aqui para conquistarmos o que devemos, destino talvez alguns acredite, mas não eu. Eu aconselho-te a seguir o caminho mais árduo e mais trabalhoso, o caminho desconhecido e que te parece mais apropriado. Segue teus instintos. A cada conquista tua, olha para trás, olha a tua vida como era e garante a ti mesmo que não declinarás. A cada tormento teu, una as tuas forças, a tua família e os poucos amigos fiés. Faz amigo aquele ombro que não é teu. Agarra-te também à alguma força que tu acreditas. Já nutrida a tua posição, enfrenta o teu medo, e lembras que ganhar este medo é uma conquista.

Faça dos teus dias os melhores, viva à moda "carpe diem".

Agora me pergunto como do prosposto início do texto vim parar a este caso. Pois bem, uma auto-análise e em instantes vos digo o que passa nesse coração que não se cala. Sofro por algo que nem forças, nem rezas darão jeito. O meu amor é raro, é dos mais impotentes. Este é fraco, mas mais fraco sou eu que não consigo vence-lo. E já estou aqui nesse estado emocional atormentado desde há algum tempo estimado. Sou do período romântico, não me nego. Quem dera eu, ser a carrasca que me agrada sonhar. Sem sentimentos profanos eu viveria mais tranquila. Sou inconstante como Augusto.

Ah, o meu "bem-estar" está longe de se divulgar concreto.
Palavras de Augusto:

- O que quiserem... Serei incorrigível, romântico ou velhaco, não digo o que sinto, não sinto o que digo, ou mesmo digo o que não sinto; sou, enfim, mau e parigoso, e vocês inocentes e anjinhos. Todavia, eu a ninguem escondo os sentimentos que ainda a pouco mostrei: eu toda parte confesso que sou volúvel, inconstante e incapaz de amar três dias o mesmo objeto; verdade seja que nada há mais fácil do que me ouvirem um "vos amo", mas também a nenhuma pedia ainda que desse fé; pelo ao contrário, digo a todos como eu sou; e se, apesar de tal, sua vaidade é tanta que se suponham inesquecíveis, a culpa, certo que não é minha. Eis o que faço. E vós, meus caros amigos, que blasonais de firmeza de rochedo, que jurais amor eterno cem vezes por ano a cem diversas belezas... sois tanto ou ainda mais inconstantes que eu!... Mas entre nós há sempre uma grande diferença; vós enganais e eu desengano; eu digo e vós, meus senhores, mentis...

- Está romântico!... está romântico!...- exclamaram os três rindo às gargalhadas.

- A alma que Deus me deu - continuou Augusto - é sensível demais para reter por muito tempo uma mesma impressão. Sou inconstante, porque, apaixonando-me tantas vezes, não chego nunca a amar uma vez...

- Oh!... Oh!... que horror!... que horror!...

- Sim! Esse sentimento que voto às vezes a dez jovens num só dia, às vezes numa mesma hora, não é amor, certamente. Por minha vida, interessantes senhores, meus pensamentos nunca têm damas, porque sempre têm damas; eu nunca amei... eu não amo ainda... eu não amarei jamais...

- Ah!... ah!... ah!... e como ele diz aquilo!

- Ou, se querem, precisarei melhor o meu programa sentimental; lá vai: afirmo, meus senhores, que meu pensamento nunca se ocupou, não se ocupa, e nem há de se ocupar de uma mesma moça durante quinze dias.

- E eu afirmo que segunda-feira voltarás da Ilha de... loucamente apaixonado de alguma de minhas primas.- Pode bem suceder de ambas.

- E que todo o resto do ano letivo passarás pela Rua de... duas e três vezes por dia, somente com o fim de vê-la.

- Assevero que não.

- Assevero que sim.

- Quem?... eu? eu mesmo passar duas e três vezes por dia por uma só rua, por causa de uma moça?... e para quê?... Para vê-la lançar-me olhos de ternura, ou sorrir-se brandamente quando eu para ela olhar, e depois fazer-me caretas ao lhe dar-lhe as costas?... Para que ela chame as vizinhas que devem ajudar a chamar-me tolo, pateta, basbaque e namorador?... Não, minhas belas senhoras da moda! Eu vos conheço bastante... amante apaixonado quando vos vejo, esqueço-me de vós duas horas depois de deixar-vos, quando me ouve dizer: "sois encantadora", está dizendo consigo: "ele me adora", enquanto eu digo também comigo: "que vaidosa!"

domingo, 19 de abril de 2009

2009 não é um ano bom.

Dois mil e oito passou tão rápido que eu já sinto falta da minha idade passada. Acho que posso considerar sem firulas 2008 o melhor ano da minha vida - um ano sem conquistas, relacionamentos, mas o melhor.
Não gosto de números ímpares, não me pergunte o porquê, mas eu culpo a matemática, os ímpares tem problemas demais: são dificilmente divisíveis, os números primos são de maioria ímpar, e outros motivos que eu faço questão de antipatizar.

Nove: número derivado de outro, é só virar que vira um seis; número sem fundo imaginário. Fora que é o pior número para se aprender a tabuada quando se é criança. Nunca acreditei em números cabalísticos ou coisa parecida, mas é só olhar... O nove não é um número bom.

Em comparação, este ano está passando mais rápido que 2008, já estamos em abril, e "ontem" eu me vestia de branco. E a minha maior ansiedade é o segundo zero se transformar em um. Desde 2004, sonho com a segunda década do ano, tenho motivos pessoais para isso (porém, assustadores).

Por mais que eu não esteja gostando nem um pouco deste ano, por um motivo óbvio, ingênuo e egoísta, eu desejo que todas as coisas boas que eu almejo se realizem. Não vou dizer que quero "paz mundial" e essas coisas, isto tudo está implícito no positivismo. É uma coisa natural da maioria das pessoas, tão natural que esses desejos são lembrados até postumamente por terceiros. Então, 2009, colabore para que haja mais comparações com 2008, dessa vez positivas.

Texto auto-ajuda.


Lá vai meu primeiro "texto auto-ajuda".


Nunca escrevi meus contos com base em histórias alheias e verídicas. A maioria dos meus contos são coisas que eu vivi, ou simplesmente vieram na minha cabeça. Sabemos que qualquer coisa vira inspiração, então eu já me acostumei a ter uma idéia em plena madrugada, ou no banho.

Ao som de RadioHead (música: 2+2=5) eu escrevo meu primeiro "texto auto-ajuda", que foi baseado em experiências e histórias de senhoras de meia idade (por isso o texto vai dissertado todo direcionado as mulheres), filmes, contos e causas verdadeiras. Selecionei alguns pensamentos verdadeiros para dar uma boa garantia de não se casar se você nao souber mentir

- "Um casamento bem sucedido não prospera sem mentiras". Tudo fica ridiculamente depressível e odiável quando essa mentira é assumida (sim, estamos falando de casos fora do casamento), e assim chega a separação.

Se.pa.rar- v.t.(p.)1.Desunir(-se); apartar(-se). 2.Dividir(-se). 3. DIVORCIAR(-SE). -> separação s.f.;separadamente adv.;separado adj.; separador adj. e s.m.; separável adj.2g.Divórcio: não vai querer passar por isso, se você ainda ama o seu companheiro ou/e tem uma família com ele.

- Você, 28 de matrimônio, filhos pretendendo sair de casa, é trocada por uma mulher que tem três anos a mais que sua filha mais velha;
"Sujo, não?"
- Agora, tem que ir ao banco receber um terço do dinheiro que você mesma administrava;
- Pensa o tempo todo no que errou durante o tempo em que estiveram casados;
"É claro que você o ama ainda."
- Vai atrás da "outra" só pra ver se é melhor que você, apesar de que a idade lhe dá a certeza disso.
- Imagina a mesma boca que você beijou durante 28, beijando uma outra 30 anos mais nova. Ele deve fazer coisas com ela que não fazia mais com você, como por exemplo: apresentar com orgulho para os amigos, viagens, saídas ao final de semana, coisas na cama e etc;
- Você criou uma família com ele; "Será que ele nao leva isso em consideração?"
- Vocês fizeram a sua própria riqueza, sua própria felicidade, estavam pensando até em mudar de casa.
"É, ele mudou."
- Poderiam viver sem amor. Já conheciam os costumes um do outro, você aprendeu a gostar dos defeitos dele e além disso apreciava cada vez mais os pontos positivos. O que faltava? Tinham tudo, oras;
"Ele te desrespeitou desde a hora em que olhou aquela moça com outros olhos."
- Desejos: isso vocês não tinham mais. Aí é que você percebe que o problema não foi só com você. Foi ele que deixou de te respeitar, de te dar valor. Apesar disso, você pensa, repensa e a culpa continua sendo sua;
"Você se castiga por ter sido deixada."
- A época das conquistas foram as melhores, apesar dos pesares. O ínicio, quando você fazia tudo por ele e vice-versa, foram extramamente felizes. Todo casal contemporâneo tem/teve isso, e é foi por isso que se casaram;
"Talvez ele queira viver tudo isso de novo."
"Ele se apaixonou. Essas são as palavras dele e quem garante que não é verdade?"
- Os planos de estragar a vida deles ainda estão válidos. Afinal de contas você foi abandonada, é mulher e está sozinha. Mas é só olhar pra você mesma; a sua idade não se orgulharia disso, mas a idéia da "outra" sem alguns dentes é forte;
"Aí que você vê que é besteira. Você é melhor que isso, você sabe se dar valor."
- Sorte sua que seus filhos já entendem tudo disso, e você não precisa evitar dar apelidinhos a ela. Nessas horas, o apoio familiar é ótimo. Eles querem o seu bem, e nao defendem o pai;
"Talvez seja hora de você dar um "ponta pé" inicial na sua vida, e não descontar sua raiva em quem sugestiona isso."
- Conhecer pessoas novas é garantia de diversão e esquecimento do ex. Só não queira descontar na mesma moeda e namorar um amigo do seu filho;
"Reconquistar a felicidade é divinamente possível."
"Há sempre uma luz no fim do túnel."

PRETENSÃO

PRETENSÃO - PARTE I.
Sexta feira, 17 de abril de 2009.

O tédio e o vazio já tinham me ordenado a fazer alguma coisa naquela noite. Eu tinha duas opções. E escolhi a que mais me interessava, tanto quanto ao público da festa, quanto pela bebida.É obvio, que é ótimo conhecer pessoas novas, todo mundo tem essa dica na ponta na língua. E eu precisava realmente. E o álcool? É só pra melhorar o negócio. Então, vamos lá Empório.

PRETENSÃO - PARTE II.

Chegando na festa, pude observar detalhadamente as pessoas que estavam lá. Por uma falta de comunicação, tive que esperar meus amigos por quase duas horas. Então, pode ter certeza que eu sabia exatamente que tipo de gente estava me fazendo "companhia".A maioria das meninas estavam de calça jeans bem apertada, outras de shorts, e a menoria de vestido. As blusas vinham sempre acompanhadas de um decote maiores que o próprio ego (é, para alegria dos homens). O salto 15 dava um toque "sutil" àquele estiótipo de patricinha na minha cabeça. Eu era uma delas, talvez diferenciado pelo meu tênis, e por uma camisa sem decote, mas estava ali naquele meio, estava ali com a mesma finalidade delas.Os meninos com suas correntes no pescoço, suas camisas de marca e seus tênis que para minha não-surpresa de marca, também. Não quero ser um tipo de Ronaldo Ésper, mas essa descriçao não é típica?

PRETENSÃO - PARTE III.

Do lado de fora dava para ouvir o "batidão" da música eletrônica que acontecia lá dentro. Até aí: normal. O anormal mesmo foi a fila para entrar, e espaço nao disponível para andar ali dentro. Eu, até então, estava acostumada com lugares mais undergrounds, onde não se tinha fila pra entrar e se dava no máximo 30 passos do bar para o palco, e não necessitava de força bruta para tal passagem. Aquele lugar, por um momento, parecia o inferno. Um calor horrível, e a promiscuidade no maior nível possível. De longe, já dava para ver os casais se formando. Aquilo era uma verdadeira micareta. "Thanks, God!" meus amigos chegaram. Enfim, pude compartilhar risadas de foras alheios com alguém. A bebida estava fazendo parte do nosso "mundinho" pequeno que se localizava em uma mesinha lá fora. É claro que fomos para pista, sim, mas nada conseguia fazer compensar os meus R$25,00 gastos com a entrada. Então, depois disso, entrei em depressão. Nada muito grave, até porque minha mente estava sempre ocupada em cuidar de uma amiga bêbada.Aliás, ela sempre me traz ótimas risadas com a sua empolgação com bundas. E um simples "apertãozinho" nas bundas alheias fazia a alegria da moça.

PRETENSÃO - PARTE IV.

Era estigante o quanto eu estava triste em ter gasto R$30,00 em uma noite só, e não ter aproveitado nada/ninguém. Não fui atrás de alguém, e nem eles atrás de mim, então... ficou por isso mesmo. Mas tenho que falar pela milésima vez que perdi meu dinheiro.Eram mais de três da manhã, e resolvemos ir embora. Já estavamos cheios de álcool e dores nos pés, e ainda por cima bem suados. É, foi a pior experiência da minha vida.Festa na Empório? No way.

quarta-feira, 25 de março de 2009


" É difícil não prestar atenção nela."
Sempre que fechava os olhos, lembrava dela. Tinha sua inspiração à alguns milésimos de espera, era só fechar os olhos... Tinha esse direito como seu perfeito e talvez único amante. Horrenda distância que os separavam. Deste amor só restava poemas. Triste seu destino que lhe fez poeta. Decassílabos ou não, era o seu amor expresso em singelos versos. Não precisava de pseudônimo, seu amor era declarado, e de boca em boca, a fulana de certo já deveria saber. O que fazer quando não quiser apenas fechar os olhos para ter sua amada? Agora, quer que aquele amor saia do papel. Amores perfeitos nunca os teve e nunca tentou ter. Ela é sua primeira exposição de que ali dentro daquela semente seca há sentimentos, e dos mais puros.
A melancolia o pintava em preto e branco. Papel. Tinta. Choro. Ele a chama, é tarde? Sim, já se apaixonou e entregou o "tal" ingrato órgão disputado. Oh, céus, será castigo por vida passadas? Sentir aquilo de certo é pior que a morte... Morte.
Suja dor, linda causa. A vida o castigou. Enfim, lhe resta seus últimos minutos, e assim o deseja que sejam os últimos, mesmo. Desdenhou aquilo tudo, todos os poemas, todos os pensamentos... Ah, só queria tê-la!
Morte pura, morte impensada? Não. A morte é o maior medo humano, e ele como um, também a temia.
Dor curta, sem volta. Foi. Se deteve com uma corda, procurou a coragem sem sucesso e inquietamente. Procurou nas paredes, nos armários, no chão, no ar... Aspirou. Não achou. Olhos saltados, a mudança do tom da pele, da voz. O desespero vai se expondo em lágrimas, gritos, forças descontadas como socos exaustantes na parede recém pintada.
"Pára! Pára!" dizia às vozes irritantes que alugaram sua cabeça. Vozes que o lembraram do pior acontecido. O poeta estava louco. Inlúcido. Irremediavelmente obsessivo. Agiu com lógica: "Eu não mereço isso". Se controlou, tirou toda a raiva jogando a arma do homicídio longe. "O que você ia fazer, seu inconseqüente?" Sentou-se e colocou os cotovelos apoiados nos joelhos e as mãos à cabeça. Posição onde encontrou sua lucidez e avaliou a qualidade deste ser poeta, que tinha tudo esclarecido. Iria seguir em frente, talvez tomando mais cuidado com seus amores compulsivos, talvez não. Tinha certeza que não iria esquece-la tão rápido como desejava. Outrora ficou em paz com a simpatia por sí próprio.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Perdeu a única chance única chance de ser útil naquele ônibus:
- Não, eu desço antes.
Não existia mais volta àquela estúpida frase. Havia estragado talvez a única coisa que iria falar aquela moça, que aparentava ainda ser universitária; usava uma blusa com mangas e sem decote (um tipo de rosa claro que sentava perfeitamente a sua pele), calça jeans, elevava o cabelo mais ou menos à altura das orelhas envolvidos com um elástico – o tal rabo de cavalo (seu charme), já as orelhas suportavam o pequeno peso das argolhas em prata, e assim tinhamos a mais linda moça que já lhe perguntou algo. Providencia logo algo para consertar:
- Mas você pode se informar melhor com o cobrador - apontou ao senhor de meia idade que lutava contra os solancos do ônibus para se concentrar nas palavras cruzadas.
- Sim, mas perguntei a você - tentou repreender mais com aquele sorriso, pareceu mais um pedido de desculpas.
Ela o havia escolhido. Arriscou uma resposta certa por uma resposta incerta. "Mas o que há em mim?" Nao importava, apesar de querer saber muito a resposta.
- Ahn, desculpe, mas eu desço antes da Praça Figueiredo, mesmo. E esta pasta... deve estar pesada, não quer sentar?
O sinal está vermelho, agora os pedestres transitam de um lado ao outro procurando o outro lado da rua o mais rápido possível.
- Ah, esta? Está vazia, não uso. O zíper está emperrado - abriu as pernas para ter um melhor apoio; abriu a pasta, e fez força no zíper para comprovar - Olhe só.
Era a garota mais doce que já havia entrado naquele ônibus. E esta o escolheu, o escolheu! Sempre pegava aquele mesmo ônibus no mesmo horário, e uma amiga sempre o acompanhava. "O acaso: isso existe? Bendita chuva que impediu Carla de sair de casa".
- Bom, ainda tenho que me informar. Talvez já tenha passado e estou perdida.
- Ah, sim.
As mãos dela sambavam nos ferros de apoio do ônibus: primeiro um, depois o outro para assim chegar ao cobrador com segurança, já que o ônibus retornara seu curso.
E qual seria a rota final deste ônibus? Nunca teve curiosidade de saber aonde o resto dos passageiros desciam. Qual será a última rua que ele vai? Seus pensamentos curiosos foram bloqueados:
- Ele irá me avisar uma parada antes da praça.
- Hm, melhor assim. Não quer se sentar, mesmo?
- Ah, não, estou bem. Juro.
- Não te disseram que fazer desfeita é feio? Por favor, sente-se.
- Nos últimos dias minhas amigas vinham procurando os últimos cavalheiros da face deste planeta. Acho que acabei de conhecer o último, e nem sei o nome dele - riu.
- Henrique. Também não sei o seu - disse envergonhado.
- Qual seu nome completo?
- Por que?
- Curiosidade.
- É da polícia?
- Lucianna Ribeiro Paiva, prazer - rindo do comentário de Henrique.
- Hm, nome bonito.
- Coisa de minha mãe, até dois "enes" tem.
Ele levanta e aponta o lugar para a moça. Agora era oficial: havia conhecido a garota mais doce e linda daquele ônibus. "Esse sorriso..."
- Será que vai demorar muito? - já sentada.
- Um pouco mais de quinze minutos, pelo menos é o tempo até a minha parada.
- Hm, me aconselharam uma costureira lá perto, por isso a pasta, além disso tenho uma encomenda para dezembro.
- Casamento?
- Formatura.
- Formou-se? Que curso?
- Ensino Médio.
- Ah, isso explica tudo.
- Tudo?
- Não aparenta muita idade, mas não parece ter dezessete anos.
- Dezoito. Repeti a sétima série.
- Acontece...
- ... Com os piores alunos.
- Piores? Dizem as más línguas que Einstein repetiu em matemática. Nunca gostei muito também.
- Você tem cara meso de quem faz faculdade da área de Humanas.
- Ahn, fazia Engenharia Mecânica, mas no terceiro período desisti. Agora faço Odontologia.
- É como as pessoas dizem: se não gosta de Engenharia, vá para Odontologia, tem tudo a ver! - riu. Tem algum cartão?
- Ainda faltam três anos para eu me formar.
- Faltam-me quatro a partir de janeiro.
- Que curso?
- Matemática - riu.
Ele amava matemática. Amava! Apenas achou interessante ser parecido a Einstein. Que mal há nisso? Já era certo, estava estampado em sua testa: se apaixonou pela garota mais nova e mais doce que já conhecera. Era chegado o fim:
- Minha parada é a próxima.
- Foi um prazer conher-lo, Henrique.
- Pra mim também - puxou a corda preta da compainha do ônibus.
- Durou menos de quinze minutos.
- Dez minutos exatos - disse ele olhando para o relógio herdado. Mas parece que foi bem menos- riu.
- É verdade...
- Adeus, Lucianna.
- "Adeus" é uma palavra tão forte, acho que iremos nos ver de novo - acenou, com o tal sorriso.
- Até mais, Lucianna.
- Melhorou. Até mais, Henrique.
Se aproximou a porta, para esperar abrir. Comparou aquilo a porta do inferno. "Acabou o paraíso". Desceu o primeiro degrau, e percebeu que ela ainda o acompanhava com os olhos; as maçãs do rosto começam a se expor em cor, queria sorrir de vergonha, conteve-se para que ela não percebesse. Desceu o segundo, olhou-a, já havia se destraído com algo fora da janela - mas que bela foto daria aquilo. Desistiu da idéia de pedir-lhe o telefone, ou algo mais galanteador - não era seu tipo.
Enfim, chegou ao "inferno". Na sua rota precisaria virar a próxima rua à direita, mas pela primeira vez decidiu olhar o ônibus até aonde desse. Poderia sair correndo atrás daquele ônibus, o que teria a perder? "Isso!" Porém a distância ia aumentando e o ônibus ganhando velocidade. "Loucura". Quando perdeu total o ônibus de vista, decidiu andar, mas parou. "Se eu vê-la de novo, vou fazer valer a pena..." Continuou em passos mais lentos, olhando para um certo ponto, mas sem pretar atenção. " E se ela não lembrar de mim? Bom, de qualquer forma ela tem que pegar a encomenda de volta, não posso perder essa chance". Contraiu os dedos contra a palma da mão, e fez força como se ela pudesse realizar o seu desejo.
Durante um mês, tentou não peder o horário do ônibus, e apesar de Carla tentar intertre-lo, ele transparecia a sua ansiedade mortal pela chegada de Lucianna.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Sucesso e Orgulho!

É para nossos filhos a nossa maior preocupação, a nossa dedicação. Fazemos parte desse movimento global, sem escolha; movimento o qual homens não são diferenciados das mulhres, não mais! Todos atrás de seus sonhos- herdados ou não, influenciados ou não... São sonhos! Sonhos que disputam vagas, e isso nunca irá mudar, aliás só piorará. É essa demonstração de luta, que irá fazer alguns dos filhos, a maioria na verdade, NÃO se orgulharem. Não os culpem, pais, eles também estão na luta conosco.A verdade, é que sempre haverá alguém "melhor de vida" que nós, e para não causar alguma aparência de consciência social, posso dizer que estas pessoas lutaram mais que nós, ou tiveram antecedentes que fizeram valer o suor."Por que diabos ela está falando isso?", você se pergunta. Talvez seja mero a caso que acordei hoje disposta a fazer meu dia valer a pena. Fazer desses dias, serem dias de orgulho. E posso ser mais profunda: fazer desses dias serem memoráveis, e enfim ter histórias para contar aos meu netos.Há dias que nos parece mais brilhantes, e vemos coisas ao redor com outros olhos. São pensamentos baseados em sonhos. Pra mim, estes (ainda mais os imortais, ou melhor os que se tornam realidade), se chamam: LUTA, que vem sucedida por uns dos melhores prêmios que a vida pode lhe proporcionar: SUCESSO E ORGULHO!

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

A Chegada.

Chega um dia em que o coração quer sossegar. Cansou de procurar e agora impõe limites. Limites ao amor, e agora se pode reconhecer o verdadeiro, isso se tira das experiências. Chega uma hora em que o coração se alia a mente e faz as coisas parecerem mais fáceis. É como a casquinha mista: - são feitas de diferentes sabores, diferentes composto e adjetivos. Mas formam o melhor par: chocolate e baunilha, quem não gosta?
Chega uma hora que as nossas "mentes brilhantes", aliadas ao coração, pensam em não machucar este órgão que pulsa por desejos impossíveis (e estes o farão, com certeza, pulsar cem vezes mais que o normal). Chega o dia, a hora. Chegará! E o coração não sofre por coisas que a cabeça irá fazer questão de esquecer um dia.
Não é egoísmo, não! Apenas chega o (bom) dia em que a cabeça se torna fiel ao coração. Aí chega ao ponto que o coração descansa e implora por carinho. Carinho. Só carinho. Sem pensar na maioria das vezes de quem, e da onde vem. Desta forma, sem saber de nada, tudo se torna puro, e o coração reencontra a paz.