domingo, 19 de abril de 2009

2009 não é um ano bom.

Dois mil e oito passou tão rápido que eu já sinto falta da minha idade passada. Acho que posso considerar sem firulas 2008 o melhor ano da minha vida - um ano sem conquistas, relacionamentos, mas o melhor.
Não gosto de números ímpares, não me pergunte o porquê, mas eu culpo a matemática, os ímpares tem problemas demais: são dificilmente divisíveis, os números primos são de maioria ímpar, e outros motivos que eu faço questão de antipatizar.

Nove: número derivado de outro, é só virar que vira um seis; número sem fundo imaginário. Fora que é o pior número para se aprender a tabuada quando se é criança. Nunca acreditei em números cabalísticos ou coisa parecida, mas é só olhar... O nove não é um número bom.

Em comparação, este ano está passando mais rápido que 2008, já estamos em abril, e "ontem" eu me vestia de branco. E a minha maior ansiedade é o segundo zero se transformar em um. Desde 2004, sonho com a segunda década do ano, tenho motivos pessoais para isso (porém, assustadores).

Por mais que eu não esteja gostando nem um pouco deste ano, por um motivo óbvio, ingênuo e egoísta, eu desejo que todas as coisas boas que eu almejo se realizem. Não vou dizer que quero "paz mundial" e essas coisas, isto tudo está implícito no positivismo. É uma coisa natural da maioria das pessoas, tão natural que esses desejos são lembrados até postumamente por terceiros. Então, 2009, colabore para que haja mais comparações com 2008, dessa vez positivas.

Texto auto-ajuda.


Lá vai meu primeiro "texto auto-ajuda".


Nunca escrevi meus contos com base em histórias alheias e verídicas. A maioria dos meus contos são coisas que eu vivi, ou simplesmente vieram na minha cabeça. Sabemos que qualquer coisa vira inspiração, então eu já me acostumei a ter uma idéia em plena madrugada, ou no banho.

Ao som de RadioHead (música: 2+2=5) eu escrevo meu primeiro "texto auto-ajuda", que foi baseado em experiências e histórias de senhoras de meia idade (por isso o texto vai dissertado todo direcionado as mulheres), filmes, contos e causas verdadeiras. Selecionei alguns pensamentos verdadeiros para dar uma boa garantia de não se casar se você nao souber mentir

- "Um casamento bem sucedido não prospera sem mentiras". Tudo fica ridiculamente depressível e odiável quando essa mentira é assumida (sim, estamos falando de casos fora do casamento), e assim chega a separação.

Se.pa.rar- v.t.(p.)1.Desunir(-se); apartar(-se). 2.Dividir(-se). 3. DIVORCIAR(-SE). -> separação s.f.;separadamente adv.;separado adj.; separador adj. e s.m.; separável adj.2g.Divórcio: não vai querer passar por isso, se você ainda ama o seu companheiro ou/e tem uma família com ele.

- Você, 28 de matrimônio, filhos pretendendo sair de casa, é trocada por uma mulher que tem três anos a mais que sua filha mais velha;
"Sujo, não?"
- Agora, tem que ir ao banco receber um terço do dinheiro que você mesma administrava;
- Pensa o tempo todo no que errou durante o tempo em que estiveram casados;
"É claro que você o ama ainda."
- Vai atrás da "outra" só pra ver se é melhor que você, apesar de que a idade lhe dá a certeza disso.
- Imagina a mesma boca que você beijou durante 28, beijando uma outra 30 anos mais nova. Ele deve fazer coisas com ela que não fazia mais com você, como por exemplo: apresentar com orgulho para os amigos, viagens, saídas ao final de semana, coisas na cama e etc;
- Você criou uma família com ele; "Será que ele nao leva isso em consideração?"
- Vocês fizeram a sua própria riqueza, sua própria felicidade, estavam pensando até em mudar de casa.
"É, ele mudou."
- Poderiam viver sem amor. Já conheciam os costumes um do outro, você aprendeu a gostar dos defeitos dele e além disso apreciava cada vez mais os pontos positivos. O que faltava? Tinham tudo, oras;
"Ele te desrespeitou desde a hora em que olhou aquela moça com outros olhos."
- Desejos: isso vocês não tinham mais. Aí é que você percebe que o problema não foi só com você. Foi ele que deixou de te respeitar, de te dar valor. Apesar disso, você pensa, repensa e a culpa continua sendo sua;
"Você se castiga por ter sido deixada."
- A época das conquistas foram as melhores, apesar dos pesares. O ínicio, quando você fazia tudo por ele e vice-versa, foram extramamente felizes. Todo casal contemporâneo tem/teve isso, e é foi por isso que se casaram;
"Talvez ele queira viver tudo isso de novo."
"Ele se apaixonou. Essas são as palavras dele e quem garante que não é verdade?"
- Os planos de estragar a vida deles ainda estão válidos. Afinal de contas você foi abandonada, é mulher e está sozinha. Mas é só olhar pra você mesma; a sua idade não se orgulharia disso, mas a idéia da "outra" sem alguns dentes é forte;
"Aí que você vê que é besteira. Você é melhor que isso, você sabe se dar valor."
- Sorte sua que seus filhos já entendem tudo disso, e você não precisa evitar dar apelidinhos a ela. Nessas horas, o apoio familiar é ótimo. Eles querem o seu bem, e nao defendem o pai;
"Talvez seja hora de você dar um "ponta pé" inicial na sua vida, e não descontar sua raiva em quem sugestiona isso."
- Conhecer pessoas novas é garantia de diversão e esquecimento do ex. Só não queira descontar na mesma moeda e namorar um amigo do seu filho;
"Reconquistar a felicidade é divinamente possível."
"Há sempre uma luz no fim do túnel."

PRETENSÃO

PRETENSÃO - PARTE I.
Sexta feira, 17 de abril de 2009.

O tédio e o vazio já tinham me ordenado a fazer alguma coisa naquela noite. Eu tinha duas opções. E escolhi a que mais me interessava, tanto quanto ao público da festa, quanto pela bebida.É obvio, que é ótimo conhecer pessoas novas, todo mundo tem essa dica na ponta na língua. E eu precisava realmente. E o álcool? É só pra melhorar o negócio. Então, vamos lá Empório.

PRETENSÃO - PARTE II.

Chegando na festa, pude observar detalhadamente as pessoas que estavam lá. Por uma falta de comunicação, tive que esperar meus amigos por quase duas horas. Então, pode ter certeza que eu sabia exatamente que tipo de gente estava me fazendo "companhia".A maioria das meninas estavam de calça jeans bem apertada, outras de shorts, e a menoria de vestido. As blusas vinham sempre acompanhadas de um decote maiores que o próprio ego (é, para alegria dos homens). O salto 15 dava um toque "sutil" àquele estiótipo de patricinha na minha cabeça. Eu era uma delas, talvez diferenciado pelo meu tênis, e por uma camisa sem decote, mas estava ali naquele meio, estava ali com a mesma finalidade delas.Os meninos com suas correntes no pescoço, suas camisas de marca e seus tênis que para minha não-surpresa de marca, também. Não quero ser um tipo de Ronaldo Ésper, mas essa descriçao não é típica?

PRETENSÃO - PARTE III.

Do lado de fora dava para ouvir o "batidão" da música eletrônica que acontecia lá dentro. Até aí: normal. O anormal mesmo foi a fila para entrar, e espaço nao disponível para andar ali dentro. Eu, até então, estava acostumada com lugares mais undergrounds, onde não se tinha fila pra entrar e se dava no máximo 30 passos do bar para o palco, e não necessitava de força bruta para tal passagem. Aquele lugar, por um momento, parecia o inferno. Um calor horrível, e a promiscuidade no maior nível possível. De longe, já dava para ver os casais se formando. Aquilo era uma verdadeira micareta. "Thanks, God!" meus amigos chegaram. Enfim, pude compartilhar risadas de foras alheios com alguém. A bebida estava fazendo parte do nosso "mundinho" pequeno que se localizava em uma mesinha lá fora. É claro que fomos para pista, sim, mas nada conseguia fazer compensar os meus R$25,00 gastos com a entrada. Então, depois disso, entrei em depressão. Nada muito grave, até porque minha mente estava sempre ocupada em cuidar de uma amiga bêbada.Aliás, ela sempre me traz ótimas risadas com a sua empolgação com bundas. E um simples "apertãozinho" nas bundas alheias fazia a alegria da moça.

PRETENSÃO - PARTE IV.

Era estigante o quanto eu estava triste em ter gasto R$30,00 em uma noite só, e não ter aproveitado nada/ninguém. Não fui atrás de alguém, e nem eles atrás de mim, então... ficou por isso mesmo. Mas tenho que falar pela milésima vez que perdi meu dinheiro.Eram mais de três da manhã, e resolvemos ir embora. Já estavamos cheios de álcool e dores nos pés, e ainda por cima bem suados. É, foi a pior experiência da minha vida.Festa na Empório? No way.